O termo ‘sustentabilidade’ está presente no ambiente corporativo há algum tempo, mas, nem sempre os executivos ou os donos de empresa sabem a extensão e a importância dessa palavra.
Ela pode representar, para uma instituição, o limiar entre sobreviver e sucumbir. No final do século passado, já se falava na adoção de práticas para equilibrar o crescimento econômico, a responsabilidade social e a preservação ambiental, com a finalidade de assegurar a sustentabilidade de uma empresa.
De modo mais recente, surgiu o ESG, como uma nova tendência. Porém, o ESG representa apenas uma atualização dos conceitos da sustentabilidade, incorporando aspectos de Governança, além dos fatores financeiros.
No entanto, é imprescindível estar atento à integridade, pois sem ela, tudo pode desmoronar em um instante.
Acompanhe este artigo até o final e entenda como ESG e integridade se relacionam e como fazer para evitar surpresas desagradáveis, ou seja, como evitar riscos gigantescos.
Boa leitura!
O significado de ESG
A sigla refere-se à Environmental (Meio Ambiente), Social e Governança. Sendo bastante simplista, a ideia é a entidade definir estratégias claras para cada um desses três pilares, alinhadas com os negócios e cultura organizacional. Assim, a companhia terá uma conduta responsável, se:
- Seus produtos e atuação no mercado minimizam impactos negativos e potencializam os benefícios ambientais.
- Sua cultura e ações contribuem para as questões sociais, interna e externamente.
- Suas políticas e procedimentos internos sustentam práticas consistentes de uma boa administração e alinhamento dos interesses de todas as partes interessadas (stakeholders).
Significado de integridade no ambiente corporativo
Muitos confundem a integridade com Compliance, embora sejam conceitos bem distintos.
O termo Compliance tem uma raiz no idioma inglês, estando mais alinhado com o cumprimento de regras, normas e leis. Dessa forma, o Compliance estaria contido num Sistema de Integridade, visto que, se uma entidade é íntegra, por certo, atenderá com rigor às diretrizes e legislações.
Já o contrário é falso: uma organização pode estar em total conformidade com a lei, contudo, se houver brechas, pode adotar condutas antiéticas.
Entretanto, nas últimas décadas, o Compliance passou a ter uma abrangência muito maior nas empresas, ampliando o seu alcance para abraçar funcionários e parceiros, em busca de “se fazer o certo sempre”. Mantendo essa premissa, para efeito deste artigo, podemos fugir da semântica e do rigor conceitual e considerar Compliance e Integridade como sinônimos.
Desse modo, o Compliance (ou o Programa de Integridade, ou Mecanismo de Integridade) é um sistema de gestão, composto por diversos elementos, com a finalidade de proteger a organização e pessoas contra irregularidades e más condutas. Está baseado em 3 pilares: prevenção, detecção e correção. E seus elementos são inúmeros, tais como: documentos (Código de Conduta, políticas e procedimentos); pessoas; ferramentas (ex.: Canal de Denúncias); práticas, atividades e processos (ex.: treinamentos, comunicação, investigação, aprovações, etc.), dentre outros.
Como o ESG e a Integridade se relacionam
À primeira vista, é possível encontrar conexão do Compliance apenas com o pilar G (Governança) do ESG, em razão de o Compliance demandar uma organização estruturada da empresa e de suas lideranças, definir processos para tomada de decisões coerentes com os princípios da ética e integridade, exigir um envolvimento direto desse sistema com a Alta Direção, requerer cuidados especiais para a formação de conselhos, critérios e bases sólidas para sucessão… enfim, a relação com a Governança é evidente.
Mas, e os outros dois pilares?
Um Sistema de Compliance bem implementado, vai exigir da entidade o cumprimento das legislações aplicáveis, não apenas a Lei Anticorrupção, porém todas, por exemplo, as leis tributárias, trabalhistas, societárias, concorrenciais, contábeis, LGPD, ambientais, etc.
E, com funcionários conscientizados em se fazer o certo sempre, eles serão proativos em ajudar a identificar possíveis ilicitudes e contribuir na sua solução. Isso vale também para os impactos causados pela empresa no ambiente onde se instala, nos efeitos provocados pelos seus produtos, serviços e decisões. Portanto, o Compliance traz um valor considerável para o pilar E (Meio Ambiente).
Já na perspectiva social (pilar S), o Mecanismo de Integridade tem seus efeitos ainda mais evidenciados.
Um Compliance efetivo promove um ambiente propício para a cultura da ética permear todos os níveis hierárquicos. Assim sendo, práticas nocivas como discriminação, racismo, assédio, entre outras, ficarão cada vez mais raras no âmbito corporativo. As leis trabalhistas, de saúde ocupacional e segurança no trabalho serão bem observadas. E, dessa maneira, as pessoas sentem benefícios concretos, gerando satisfação e orgulho. Como consequência, as pessoas compartilham essa boa experiência com seus familiares, vizinhos e amigos. Em outras palavras: levam a cultura da ética e integridade para fora da companhia.
Além disso, há um resultado adicional: diante da frase “empresa íntegra só se relaciona com empresa íntegra”, a própria corporação promove a integridade na sua cadeia de fornecedores, cobrando de cada contratado a adoção de práticas similares à sua, ou seja, a implementação de um Programa de Integridade verdadeiro.
Assim, tem-se o “efeito cascata”, levando cada vez mais organizações a adotarem a cultura da ética e integridade e, por conseguinte, seus próprios funcionários irão compartilhar esses princípios fora do mundo corporativo. Em resumo, é o Compliance ajudando a construir uma sociedade melhor, mais justa… um país melhor.
E se a integridade estiver ausente?
A sobrevivência no mercado tornou-se desafio diário, com as empresas buscando, a todo momento, saídas para problemas visíveis, entretanto, impossível resolver matéria oculta. Nesse sentido, há uma fonte inesgotável de perdas e desperdícios, além de riscos crescentes envolvendo aspectos humanos.
Fraudes, furtos e uso indevido de ativos da empresa são exemplos corriqueiros e representam, na média, perda de 5% do faturamento bruto anual, como mostram as estatísticas da ACFE – 2020 Report to the Nations – 2020 Global Study on Occupational Fraud and Abuse.
Já os assédios, discriminação e bullying, por exemplo, consistem em perigo evidente, pois, além do mal causado às pessoas, a mídia e as redes socias são implacáveis com esse tipo de desvio de conduta, podendo gerar a ira incontrolável de clientes, consumidores e sociedade.
Logo, numa instituição sem integridade evidente na sua cultura, a qualquer instante um problema grave pode emergir; a companhia pode ser flagrada; além de multas e penalidades, a imagem e reputação podem ser arranhadas e jamais serem recuperadas.
E todos esses males só podem ser identificados, corrigidos e eliminados com um Programa de Integridade.
Do exposto, conclui-se: sem integridade, não há sustentabilidade!
Por consequência, negligenciar esses fatos implica em risco, com perigo iminente para a organização. Inimaginável um executivo diligente permanecer inerte e tranquilo diante de uma situação dessa natureza!
Resta a seguinte pergunta: como ter integridade numa empresa?
Como resolver a questão e evitar surpresas desagradáveis?
Como dito no início deste artigo, um Programa de Integridade é sinônimo de um Sistema de Compliance. Essa é a chave da proteção da organização. E mais: com ela, garantem-se inúmeros benefícios, já discutidos à exaustão em diversas publicações e disciplinas relativas ao ambiente empresarial.
No entanto, implementar o Compliance numa companhia demanda alguns cuidados:
- Cada instituição tem sua realidade, tamanho, natureza e culturas próprias. Portanto, o Compliance deve ser customizado, caso a caso.
- Há dois extremos passíveis de levar o Compliance ao insucesso: liberar orçamentos à vontade ou apostar na solução caseira, para investir quase nada. Em outras palavras, exagerar na dose significa sufocar a empresa e simplificá-lo demais vai torná-lo simplório. Em ambos os casos, surgirá o descrédito e, no curto prazo, o seu fracasso.
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Conclusão
A busca pela perenidade de uma empresa é objetivo incontestável para todos os seus dirigentes. Nesse contexto, a palavra sustentabilidade ganhou destaque na década de 80, quando autores renomados definiram 3 perspectivas estratégicas para o seu sucesso: ambiental, social e financeira.
Na atualidade, o ESG ampliou esse conceito, aumentando a visão financeira para a governança.
Mas, tudo pode desabar, caso a integridade não esteja presente.
A sua falta implicará em riscos significativos, podendo ocasionar perdas elevadas e até mesmo a extinção de uma organização.
Como visto no decorrer deste artigo, Compliance e ESG estão mais intrinsecamente ligados do que se imagina. Daí a importância de se implementarem Programas de Integridade ou Sistemas de Compliance, visando a proteção das empresas e pessoas, contra irregularidades de diversas naturezas.
Todavia, alguns cuidados são fundamentais para se obter o êxito desejado, como por exemplo, escolher a forma adequada de implementação. Esse é o propósito da Compliance Station: dar ao cliente a melhor solução com o mais baixo investimento.
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Wagner Giovanini é especialista em Compliance e sócio-diretor da Compliance Total, Contato Seguro e Compliance Station. Autor do livro “Compliance – a excelência na prática”, desenvolveu a Compliance Station®, plataforma inovadora para a implementação e execução do Compliance em micro e pequenas empresas. Para mais informações e conteúdos sobre o tema, acesse www.compliancetotal.com.br e https://www.linkedin.com/company/9299759/.