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Existe Compliance sem engajamento interno?

O engajamento interno é fundamental para um Programa Integridade. Quando os colaboradores se envolvem nessa nova cultura, se tornam agentes de Compliance, fazendo da empresa um lugar mais ético, transparente e responsável.

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Existe Compliance sem engajamento interno?

Sem o envolvimento dos colaboradores, Programas de Integridade estão fadados ao fracasso. A pergunta é: como engajar?

Não há ninguém melhor do que os funcionários para disseminar a Cultura de Integridade em uma empresa. No entanto, é preciso que, antes, eles também sejam atraídos para o tema e realmente entendam do que se trata na prática. 

Assim, a reação em cadeia é certa: os próprios colaboradores se colocarão como agentes de Compliance ao cobrarem dos colegas uma conduta ética, transparente e responsável.

Parece simples – e é. Basta fazer com que os profissionais enxerguem soluções para problemas que eles mesmos enfrentam em suas rotinas, como exposição a condições humilhantes, exigência de metas inatingíveis, desrespeito, ofensas públicas e sobrecarga de trabalho.

Se, ao explicar as medidas de Compliance, os cenários apresentados forem familiares para os funcionários, mais facilmente eles conseguirão entender a importância do Programa de Integridade, que impacta diretamente na sua saúde e desempenho profissional

Para tanto, é preciso citar situações próximas à sua realidade para que eles consigam se enxergar nas transformações que virão pela frente. Só assim – apontando e validando os benefícios do Compliance – será possível criar uma atmosfera de confiança e de credibilidade no ambiente interno.

Compliance empresarial: mudança de dentro para fora

O que se espera, no cotidiano profissional, é que as próprias equipes se oponham a sinais de bullying, abuso de autoridade, discriminação, assédio moral ou sexual, fraudes, desvio de verbas, conflitos de interesses e qualquer outra irregularidade ou conduta inapropriada. Não há dúvida: as correções começam no interior das empresas.

Do contrário, o Programa de Integridade tem grandes chances de se tornar uma iniciativa para “inglês ver”, e não existe lógica em adotar um Compliance de fachada, não é mesmo?

Afinal, os resultados trazidos pelas boas práticas só chegarão se elas estiverem acontecendo, de fato. E, para isso, é imprescindível que todas as esferas da organização estejam alinhadas com os mesmos princípios – desde a alta direção até o chão de fábrica, por exemplo.

Exatamente por isso é que os Programas de Integridade começam com o desenvolvimento de um Código de Conduta, que serve como um mapa para guiar o que pode ou não pode ser feito em um negócio. Mas de nada adianta criar um código se ele nunca for lido por quem precisa segui-lo, certo? 

É aí que começa o principal desafio de adotar um Programa de Integridade: fazer com que todos – sem exceção – incorporem valores, normas e comportamentos previstos neste documento, que não é feito para enfeite: precisa ser lido, compreendido e seguido no dia a dia.

Por isso, o primeiro passo após a criação de um Código de Conduta é um treinamento claro e direto para todas as equipes da empresa. E, se preciso for, adequar a linguagem das capacitações a cada grupo de trabalho. Isso porque o objetivo é que a nova cultura seja entendida tanto pela direção executiva quanto pelos funcionários da linha de produção.

Durante o treinamento, duas dicas imprescindíveis: 

  1. Aborde questões práticas, do dia a dia da sua empresa; 
  1. Mostre os benefícios decorrentes do Programa de Integridade, principalmente, aqueles que são dirigidos para as pessoas. 

Nesse momento, disponibilizar um Canal de Denúncias faz toda a diferença: normalmente, as pessoas não se sentem bem trabalhando cercadas por irregularidades, ilicitudes, furtos, fraudes… 

Portanto, um Canal de Denúncias confiável, seguro e profissional dá aos funcionários a oportunidade de ajudar a empresa a detectar a má conduta. Em contrapartida, fica a satisfação de melhorar o seu ambiente de trabalho, tornando-o mais saudável e fortalecendo a cultura da ética. 

Nesse contexto, o RH também tem papel fundamental, pois deve considerar as normas definidas pelo Programa de Integridade na hora de recrutar novos profissionais. Durante as seleções, é fundamental que os candidatos atendam ao perfil comportamental traçado pela empresa, e não somente qualidades técnicas.

Compliance empresarial no Brasil: reeducando gestores

No Brasil, o ato de denunciar uma irregularidade não é natural. Pelo contrário: muitas vezes, o relato de situações desagradáveis pode ser pintado de forma negativa e até antiprofissional. Mas essa é a visão que quem infringe as regras quer que você tenha: de que expor o que está errado é impróprio e perigoso. Na verdade, não é bem assim

No ritmo do famoso “jeitinho brasileiro”, muitos preferem suportar contextos ruins calados do que serem tachados de “dedo-duro”. E essa mentalidade é combatida pelo Compliance: o correto é correto em qualquer lugar, e inadequado é ser conivente com posturas claramente antiéticas, ilícitas e abusivas.

Há alguns anos, a conceituada revista Forbes já apontava essa tendência no mercado corporativo nacional e fazia um comparativo com as organizações norte-americanas. A publicação era taxativa: brasileiros não estão acostumados a denunciar o que está errado, e esse é um aspecto cultural.

Acontece que, pouco tempo atrás, “estar em Compliance” era uma questão de escolha, e normalmente se limitava a grandes corporações. Hoje, essa é uma necessidade para negócios de todos os tamanhos e, muitas vezes, determina se a empresa vai sobreviver ou não.

Leia também: Como pequenos e médios negócios podem implantar um Programa de Integridade

Sobre a Compliance Station: Plataforma possibilita compliance acessível para pequenas e médias empresas

Como engajar funcionários no seu Programa de Integridade 

Aqueles métodos tradicionais  — o velho “eu falo e vocês escutam” — não geram engajamento. É preciso conversa, troca e esclarecimento de dúvidas. É necessário, inclusive, deixar a porta para o diálogo aberta: os colaboradores precisam se sentir à vontade para interagir, perguntar e sugerir. E, mais que isso: merecem se sentir seguros.

Aliás, se o medo de se expressar for uma das barreiras entre os funcionários e a empresa, já encontramos um grande problema a ser resolvido pelo Programa de Integridade. Afinal, o silêncio é a base que sustenta as relações abusivas. Portanto, há trabalho pela frente, e ele aponta uma pergunta: por que os profissionais têm receio de falar? 

Esse e outros questionamentos mapeiam as ameaças de cada instituição. E, além de identificar situações de risco, é preciso integrar os funcionários na construção dessa nova cultura, que pode ganhar vantagem quando se adota a escuta ativa.

Além de ouvir, é preciso repassar conhecimento. Mas, por incrível que pareça, esta  é uma das etapas que mais encontra obstáculos: a comunicação. Pensando nisso, listamos algumas características que atrapalham o Programa de Integridade e dificultam o engajamento:

  • Hipocrisia: quando o Compliance existe só da porta para a fora, e a empresa sequer tenta adotar medidas que tragam sensação de justiça social, gentileza e empatia.
  • Linguagem técnica demais: quando a empresa disponibiliza materiais sobre Compliance, mas eles são tomados por “juridiquês”, termos técnicos e palavras difíceis.
  • Falta de humanização: quando a organização fala do Compliance como algo distante dos colaboradores, como se um Programa de Integridade não interferisse na vida de todos os que trabalham na empresa.
  • Distanciamento: quando a organização produz conteúdos sobre Compliance, mas não promove qualquer encontro, palestra ou treinamento para que as equipes se enquadrem e entendam o programa.
  • Conteúdo infantilizado: se de um lado está a linguagem rebuscada, de outro está a infantilização do Compliance. Ao tentar simplificar demais o conteúdo, a empresa corre o risco de tornar o programa banal, fazendo com que o colaborador se sinta voltando à pré-escola. É preciso equilíbrio.
  • Foco apenas na empresa: quando a organização destaca somente os pontos que lhe trarão vantagem — como boa reputação e valor de mercado —, esquecendo da valorização humana trazida pelo Compliance.
  • Arrogância: quando os profissionais que atuam no Compliance se sentem superiores aos demais colegas. Com isso, ganham antipatia, afastam as pessoas e fazem com que o tema seja visto como “inimigo”.

Compliance empresarial: engajamento em cinco passo

O que fazer e não fazer você já sabe, mas que tal organizar as ideias em cinco passos para garantir o engajamento do seu time? Esse é o papel dos líderes, então veja como separar cada etapa:

1. Elabore um Código de Conduta com a cara da sua empresa

2. Promova treinamentos práticos e personalizados para as equipes

3. Implemente um Canal de Denúncias profissional

4. Abra um canal de comunicação para todos, mantendo as “portas abertas”

5. Explique os benefícios do Compliance

Saiba mais: Entenda a diferença entre um Canal de Ética e um Canal de Denúncias 

Agora que você já entende a importância do engajamento interno para o sucesso do Compliance, será mais fácil decidir como implantar o seu Programa de Integridade.

Se você busca uma maneira descomplicada e acessível para começar essa mudança, conheça a Compliance Station — uma plataforma 100% on-line, voltada para pequenas e médias empresas. 

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