Bem-estar no ambiente de trabalho: como o Compliance pode ajudar a criar estratégias 

Entenda como um Programa de Integridade pode ajudar a proporcionar um ambiente de trabalho mais positivo e produtivo.

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Todos valorizam um ambiente de trabalho saudável, onde a regra é o respeito, a generosidade e o espírito de equipe. O bem-estar no trabalho é o resultado da segurança criada nos ambientes organizados dessa forma.

O Compliance refere-se à instalação de uma cultura de integridade na empresa, fazendo com que desde a direção até os colaboradores, todos estejam alinhados e engajados nos princípios e valores éticos, bem como quanto aos regulamentos e normativas que orientam suas funções e comportamento.

Juntamente e como desenlace desse enredo, o Compliance atua sobre a redução de riscos e prevenção de irregularidades, que têm como consequência o florescimento e a prosperidade da empresa.

Neste artigo, vamos associar o bem-estar no trabalho ao Compliance, apontando como as práticas de integridade têm o poder de gerar um ambiente de trabalho positivo e saudável para os colaboradores.

O que é bem-estar no ambiente de trabalho?

O bem-estar no ambiente de trabalho refere-se aos variados aspectos do trabalho que influenciam no nível de satisfação, na saúde física e mental, sentimentos como orgulho, segurança e apreço dos colaboradores, quanto às suas funções e à sua empresa.

Pode-se medir o bem-estar no trabalho por 5 dimensões:

  1. Suporte mental e emocional: essa dimensão está relacionada a sentimentos e experiências que levam a emoções positivas — o ambiente sustenta a boa regulação das emoções, promove experiências e motivos para o otimismo.

    Isso significa que, quando algo bom acontece, os trabalhadores tendem a atribuir o sucesso a fatores internos, estáveis e gerais das pessoas e da organização², ao invés de, digamos, atribuir os sucessos à boa sorte ou a um fator aleatório.

    Quando há apoio psíquico e emocional, os colaboradores entendem que é a empresa, seus valores, suas pessoas e sua coesão interna que geram os resultados positivos alcançados. Eles tendem a ter mais confiança e mais energia mental, o que gera uma percepção positiva do seu ambiente de trabalho, e melhores estratégias para lidar com o estresse e a ansiedade.

  1. Suporte pessoal: ter um bom relacionamento, baseado na segurança, confiança e respeito, principalmente para com os gestores e líderes, têm um impacto positivo direto para o bem-estar no trabalho.

Níveis razoáveis de flexibilidade, autonomia e disponibilidade de recursos também são fatores fundamentais para esse apoio pessoal.

Planos de desenvolvimento para o trabalhador, bem como oportunidades para promoção e experiências significativas de trabalho também fazem parte desta dimensão.

  1. Propósito: o senso de propósito que gera o bem-estar no trabalho associa-se a três motivos:
  • satisfação
  • significado
  • progresso


Portanto, o colaborador deve ter a oportunidade de experimentar o valor, o sentido e o aperfeiçoamento do seu trabalho.

Essa experiência está associada a altos níveis de resiliência, maior consciência sobre o seu papel na organização, priorização de tarefas e, em geral, melhor performance.

  1. Saúde financeira: os recursos financeiros gerados pelo trabalho devem ser adequados aos trabalhadores. 

Quando isso não acontece, a ansiedade e o medo batem à porta, com efeito sobre sua perspectiva de vida e de trabalho.

Além disso, a igualdade também é um fator relevante, de modo que se houver desigualdade salarial sem critérios válidos, o bem-estar no trabalho varia negativamente.

O salário deve prover estabilidade financeira e liberdade para o trabalhador.

  1. Conexões significativas: grande parte das boas experiências de trabalho advém de relações sociais positivas e solidárias, que promovem níveis mais baixos de estresse no ambiente laboral. 

As relações criadas no trabalho devem ser significativas, no sentido de apoio mútuo e desejo de crescimento do outro.

Com essas cinco dimensões bem arranjadas nas organizações, o resultado tende a ser: ambientes seguros, prósperos, significativos e positivos. O bem-estar no trabalho é uma consequência direta.

À primeira vista, entretanto, é possível contestar: mas isso é utópico! Nenhum ambiente de trabalho pode ter tudo isso! E eu nem saberia como fazer para tentar colocar essas dimensões em prática!

Algo que parece impossível, ou de grande dificuldade, é, na verdade, plenamente alcançável, desde que se usem as estratégias e ferramentas certas.

E é neste momento que o Compliance entra na história.

Estratégias de bem-estar orientadas pelo Compliance

Pense nas dimensões que listamos acima. Um ambiente de trabalho que funciona a partir desses preceitos não é um ambiente de trabalho qualquer.

Carência de regulamentos, descumprimento de normas, irregularidades diversas e más condutas são altamente incompatíveis com um local que objetiva o bem-estar de seus trabalhadores.

Obstáculos como esses devem ser retirados para criar:

  • relações significativas
  • liberdade e autonomia
  • segurança e propósito
  • salários justos e igualitários
  • sentimento de progresso
  • oportunidade para crescimento

Segundo o autor e sócio-diretor da Compliance Station, Wagner Giovanini, o Compliance busca, quando integrado aos Sistemas de Gestão nas empresas, elevar os padrões éticos e morais dos colaboradores, parceiros e fornecedores³, para que todos tenham a postura e a visão que fundamentam e têm como meta um ambiente de trabalho saudável.

As estratégias do Compliance são altamente efetivas para transformar o ambiente de trabalho num ambiente íntegro e gerar bem-estar no ambiente de trabalho.

A atuação do Compliance na construção de ambientes de trabalho mais saudáveis

Um Programa de Compliance procurará abordar, um a um, os problemas, dificuldades, riscos e fraquezas de uma organização.

Muitas pessoas resumem a função do Compliance numa empresa como um processo burocrático, que envolve papelada, e só serve para garantir o cumprimento de leis, mas isso não é verdade.

O Compliance cresceu muito nas últimas décadas e hoje, além de ter mais alcance, tem um poder de transformação muito maior.

Muito além das normativas, o Compliance analisa os pontos fracos da organização e implementa processos para mitigá-los. 

Isso envolve:

  • desenho de processos e controles
  • auditorias internas
  • geração de relatórios
  • sistemas de feedback
  • criação de projetos 

Direcionados para adaptar e melhorar o Código de Conduta, alinhar as regras para Conflitos de Interesse, Segurança de Dados, prevenção a Fraudes e Corrupção, implementação do Canal de Denúncias, e assim por diante.

O Programa de Compliance atinge diretamente os problemas que levam a irregularidades, más condutas e outros desvios que geram um ambiente de trabalho negativo.

Assédio moral e sexual, discriminação, fraudes, e descumprimentos legais tornam o ambiente de trabalho:

  • inseguro;
  • instável;
  • hostil;
  • ansiogênico;
  • negativo.

Aplacar as irregularidades é indispensável para a criação de um bom clima organizacional e para suscitar o bem-estar no ambiente de trabalho. Nesse sentido, o Compliance pode ajudar a criar estratégias efetivas para o seu aprimoramento.

O papel das lideranças

A implementação das estratégias, independentemente da presença ou não de um Departamento de Compliance ou do Compliance officer, atravessa toda a organização e, portanto, as lideranças cumprem um papel fundamental.

Todos os projetos de aprimoramento interpessoal, de comunicação e de processos baseados no Compliance devem passar pelas lideranças.

Assegurar que os líderes estejam alinhados nesses padrões éticos e de comportamento é fundamental, já que são eles que dão o tom das relações.

O estilo comunicativo entre líder e colaborador deve ser aberto, respeitoso, positivo e orientado pela integridade. A organização do trabalho, as negociações e os objetivos devem ser pautados por esses valores.

Além disso, estimular os trabalhadores a assumir a nova postura e fazer valer os novos códigos, utilizar o Canal de Denúncias, prezar pelo cumprimento das normativas.

As lideranças podem construir, junto à área de Gente e Gestão (RH), treinamentos pertinentes, campanhas de divulgação de processos, entre outras ações.

Finalmente, as lideranças são responsáveis por estabelecer recompensas e reconhecimento das boas práticas, comportamento, e pelo zelo dos regulamentos.

Conclusão

O bem-estar no trabalho apoiado pelo Compliance assegura a produtividade, a consolidação da reputação, a longevidade e evita multas, sanções, processos judiciais e outros choques que podem abalar uma organização.

O Compliance é o Sistema de Gestão que olha com detalhes para todas as melhorias possíveis e todos riscos a que a empresa está submetida.

Por isso, apostar num Programa de Compliance é a melhor forma de evitar complicações, elevar a satisfação dos colaboradores e também seus resultados. 

A Compliance Station oferece uma plataforma digital e interativa, desenvolvida para facilitar a implementação do Programa de Compliance para a sua empresa.

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Referências


1. As cinco dimensões do bem-estar do trabalhador.

2. Understanding Attribution Theory: The Psychology Of Explaining Behavior.

3. Wagner Giovanini. Compliance: A excelência na prática.

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